terça-feira, 30 de junho de 2009

Eu queria me apaixonar



Sabe aquelas paixões de filme... um olhar, uma troca de estática e pronto o amor acontece... começam os comportamentos apaixonados: suspiros pelos cantos, excitação por qualquer bobagem que venha do outro, se emocionar com músicas melosas, perder tempo precioso imaginando maneiras de agradar, inventando desculpas para ligar, os desencontros... e chego a conclusão de que eu não quero me apaixonar, eu quero na verdade é voltar a ser jovem e apaixonada – faz toda a diferença...

Minha racionalidade, adquirida ao longo dos anos – sempre fui casquinha, mas com o tempo... – não me permite usufruir livremente das bobagens descritas acima, isso é coisa de adolescente ou para aquelas que perderam o trem... até uns 25 anos – a geração canguru está cada vez mais resistente a crescer...

Então, como é que eu vou ser tirada do chão por um amor se quando o coitado chegar eu vou estar analisando: É limpinho? Tem todos os dentes? Tem um emprego? Apresenta um índice mínimo de inteligência para emitir opiniões sobre assuntos que não envolvam: futebol, política, carro e cerveja? É hetero? – grande problema atualmente... e olha que eu nem entrei no quesito: bonito, sexy e que saiba se vestir – estou trocando por saudável, bem humorado e que não me faça passar vergonha.

Após esta enquete toda, no improvável caso dele passar no teste – é bem provável que eu não passe no teste dele, afinal é uma via de mão dupla e apesar da minha bela aparência (hihihi) sou exigente, excêntrica e meio assustadora (para fracos e sem personalidade). Convenhamos há muitas meninas jovens e tolas a disposição e no quesito masculino pouca idade é muito mais atraente que personalidade ou inteligência – não há boas perspectivas...acho que vou ter que superar minha alergia a gatos... odeio gatos...

Para aqueles que não sabem, sou casada e meu marido é ótimo, entretanto, este texto foi feito para as minhas amigas maravilhosas e solteiras que tem a difícil tarefa de encontrar o amor em tempos modernos... e um estudo de como seria se eu voltasse a ser solteira...


Quem tiver opinião diversa, por favor comente ou critique!!!

2 comentários:

  1. Continuo achando que todos os dentes na boca é condição primordial...

    Um índice mínimo de inteligência também é coisa da qual eu não abro mão...

    No filme "Ele não está tão a fim", descobri que essa história de uma mulher assustar os homens, não passa de desculpa. Quando o cara quer, ela pode ser quem for que ele insite e não tem Simone de Beauvoir, Gisele Bundchen ou Carla Sarkozi que os espante.

    Assim, como eu continuo odiando gatos, vou continuar esperando pacientemente, a maneira da boa representante da tradicional família mineira. Em último cado, envelheço com toda a dignidade ensinada pela Lya Luft.

    Beijos!!

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  2. Concordo com você, um mínimo de exigência é indispensável... dentes então não há discussão. Acho que vc está certíssima em esperar e curtir a vida. te admiro muito...beijos

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